Super Mario Bros. brilha na nostalgia e anima público mais novo
Nova animação da Universal Pictures com a Illumination acerta na dose nostálgica necessária e ainda engaja novo público aos cinemas
Desde que foi anunciado, Super Mario Bros. se tornou um dos filmes mais esperados dentre os que viriam a estrear em 2023. O hype ia além das crianças - frequente público-alvo de animações - mas também, acendia uma fagulha descomunal de nostalgia entre as pessoas que cresceram jogando os sucessos da Nintendo como Super Mario World, Super Mario 64 e o meu favorito, Mario Kart. Ou seja, a missão era mais complicada do que se aparentava.
A narrativa conta a trajetória dos irmãos Mario e Luigi, que decidem largar seus empregos com o objetivo de lucrarem com um negócio próprio: Super Mario Bros, os irmãos encanadores. Para expandir o negócio, eles buscam um trabalho arriscado, que acaba levando Mario ao Reino dos Cogumelos e Luigi ao Reino das Sombras.
Como deveria ser, o filme apresenta uma narrativa simples e direta, assim igual a todos os jogos do encanador dos quais mencionei no primeiro parágrafo. A definição de Status QUO (Mundo Comum) é rapidamente definido e somos jogados - ou sugados - a uma história frenética, divertida e repleta de easter-eggs, que acabam transformando a nostalgia em uma grande aliada. Mas o mais legal é que todas essas referências têm algo a adicionar à trama, sem se apoiar ao fan service apenas pra dizer que ele ali está.
A dinâmica entre os personagens é maravilhosa, principalmente entre os protagonistas. O carinho que um sente pelo outro é notável em cada momento de tela dos dois, sejam juntos ou separados, aumentando ainda mais o afeto e identificação com ambos. Mas os demais não ficam atrás. A Princesa Peach subverte o clichê da princesa que precisa ser salva a uma postura de liderança na aventura.
A minha decepção no filme acaba por ser o antagonista Bowser, cuja motivação é tão surpreendente que acaba sendo exageradamente boba em certos momentos do filme. Mas mesmo assim, entrega uma vilania ameaçadora, que deve com que todos os pequenos que assistam ao filme temam pela segurança dos protagonistas.
Outros pontos altos do filme que definitivamente devem ser mencionados são a trilha sonora e a trilha musical da obra. Suplicando-se a nostalgia, os grandes temas dos jogos estão no filme, tais como os efeitos sonoros, criando a atmosfera perfeita para aproveitarmos a aventura.
Confesso que fui ao cinema um tanto quanto receoso pelas notas atribuídas por críticos, principalmente as do site Rotten Tomatoes. No entanto, elas mostraram mais uma vez que devemos ir ao cinema e tirarmos nossas próprias conclusões sobre as obras cinematográficas.
Com uma nostalgia que abraça os antigos fãs e uma aventura tão adorável que certamente trará mais fãs ao bigodudo mais famoso da cultura pop, Super Mario Bros. prende sua atenção do início ao fim, acompanhado de uma narrativa que definitivamente faz jus à franquia. É uma obra honesta, que não tem pretensão em ser a maior e melhor animação da história. Quer ser uma boa e divertida opção para um passeio familiar. E nisso, o filme definitivamente ganha a medalha de ouro.
NOTA 4/5
